O Carnaval de rua de 2012 de Piracicaba, promovido pela Setur (Secretaria Muncipal de Piracicaba) tem uma novidade: o artista plástico e diretor de teatro Carlos Alberto Bueno de Camargo, o Carlos ABC, atua como consultor, convidado pelo secretário Omir Lourenço que, junto com os presidentes das escolas, optou por seu convite.
Desde o final do ano passado, ABC percorre as quadras das cinco escolas concorrentes (Caxangá, Ekyperalta, Amigos da Rua do Porto, Estrela de Prata e Pérola Negra) para conversar com os sambistas. “Estou correndo de um lado para outro. É mais ou menos como imaginava, pois conheço bem esse meio e tudo o que envolve um desfile. Adoro ver pessoas que tiveram poucas oportunidades em mexer com coisas relacionadas à arte tendo um primeiro contato”, conta.
Por conta da nova função, ABC não pode aceitar da Mocidade Alegre, de São Paulo, para coordenar uma ala. Desfilar, aliás, é algo que vem para ABC desde a infância. A extinta Portela foi fundada em sua casa. “Em princípio, acredito que o Carnaval é uma forma de comunicação incrível de um grupo de pessoas para com o resto da sociedade. Para mim é como o teatro, que também amo. E como sou piracicabano fanático, aceito tudo, aceito tudo o que eu possa sentir contribuindo de alguma forma com a ‘terrinha’. A seriedade da proposta também tornou o convite irrecusável”, destaca ABC.
O artista conta que tem recebido “apoio total” da Setur para o novo desafio. E conta que acredita numa nova fase para o Carnaval piracicabano. “Agora o samba volta às origens e torna-se mais autêntico, mais pé no chão. As características são outras. Mas Piracicaba tem tanto envolvimento com samba de raiz, com o batuque, o tambu, o samba de lenço, que existe uma teoria de que as escolas de samba de São Paulo tiveram início pelas mãos (ou pés) dos piracicabanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário