Os jogadores estão prontos. A torcida vestida de preto e branco, de bandeira na mão e o grito de “o quinzão voltou” na ponta da língua. Agora resta esperar o apito inicial no sábado (21), às 19h30, para a partida entre XV de Piracicaba e Santos, campeão da série A2 e A1, respectivamente. E, para que essa festa fosse possível, a Prefeitura providenciou uma reforma completa no Estádio Municipal Barão da Serra Negra. Com investimento de R$ 1,6 milhão, foram feitas melhorias para atender exigências da Federação Paulista de Futebol (FPF), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária. Nesta quarta-feira (18) o estádio passou pelo pente fino para verificar questões de limpeza. Com tudo liberado, o prefeito Barjas Negri fará no sábado, às 9 horas, a entrega oficial do Barão renovado.
O trabalho de melhorias começou logo no primeiro ano do mandato de Barjas. 45 anos depois de inaugurado, o Estádio Barão da Serra Negra nunca havia recebido uma reforma geral. Desde 2005, a Prefeitura realiza diferentes intervenções neste espaço, tendo com a diretoria do XV de Novembro, o compromisso de investir anualmente R$ 200 mil em obras. Em 2006, foi feita a troca total do gramado, uma reivindicação de anos. No ano seguinte, teve início a reforma das arquibancadas e sistema de segurança com a instalação da rede de combate a incêndios. Em 2011, foi a vez da pintura parcial da fachada da Silva Jardim, da reconstrução do muro de arrimo da rua Moraes Barros com Avenida Independência, da recuperação da estrutura da arquibancada e reforma do alojamento. No ano passado (2011), teve início mais uma etapa quando foram pintados e recuperados os muros da rua Silva Jardim e também da parte interna, de frente para as piscinas.
Durante 3 anos a Prefeitura esperou por recursos do Ministério dos Esportes. Mas, depois de muito tempo, Barjas Negri tomou a dianteira e assumiu a reforma do Barão com R$ 1,6 milhão dos cofres municipais.
Com a verba municipal disponibilizada, os engenheiros da Secretaria de Obras (Semob), sob a batuta do secretário Arthur Ribeiro, definiram o projeto de revitalização. Dentro as melhorias previstas estavam ações para atender reivindicações dos órgãos competentes para conseguir os alvarás e deixar o Barão em condições de receber partidas da primeira divisão do Paulistão. As obras, que foram divididas em três etapas, tiveram início em agosto. Com apenas cinco meses para finalizar os trabalhos, operários e engenheiros trabalharam dia e noite, inclusive aos finais de semana. E o esforço valeu a pena. O estádio parece novo, totalmente repaginado.
Na primeira etapa foram investidos R$ 200 mil e as melhorias iniciais visavam fundamentalmente o atendimento de algumas exigências feitas pelo Corpo de Bombeiros para que o estádio pudesse receber jogos com grandes públicos. Foram instalados guarda-corpos (também conhecidos como parapeito) no último degrau da arquibancada, próximo as cabines de imprensa, para proteção dos câmeras enquanto filmam as partidas. As portas de madeira foram substituídas por portas de aço, assim como trocados portões 1, 2, 3 e 7, vasos sanitários e torneiras anti-vandalismo. As obras também corrigiram os degraus de algumas escadas. Os sanitários masculinos sofreram intervenções, e os femininos foram ampliados.
A segunda etapa ficou concentrada na instalação de 2.470 cadeiras de plástico na arquibancada coberta/cativa. A área passou por tratamento com hidrojateamento e impermeabilização, para proteção e conservação do concreto. Os assentos são semelhantes aos que compõem os estádios do Mineirão (Bela Horizonte) e Arena da Baixada (Clube Atlético Paranaense – Curitiba).
Na terceira e última fase de obras, a reforma das cabines de rádio/TV possibilitou a ampliação de oito para 12. A pintura interna também foi realizada, assim como a reforma do vestiário da equipe visitante e impermeabilização do túnel de acesso ao gramado. Os refletores passaram por manutenção. As arquibancadas lavadas, com hidrojateamento e pintadas, inclusive com o escudo do XV e o desenho do Nhô Quim. Os bancos de reserva, para arbitragem e policiamento foram refeitos, receberam poltronas modernas e confortáveis, além de cobertura de policarbonato.
Também foram instaladas sete câmeras de monitoramento, uma delas de HD com zoom que chega até a 3 quilômetros, filma durante a noite e em 360º. Embaixo do placar foi criada uma sala de monitoramento, onde ficarão um guarda civil e um policial militar durante os jogos. Foi dada continuidade da restauração da fachada seguindo pelas ruas Moraes Barros e 13 de Maio, colocação de 20 novos bebedouros antivandalismo espalhados por toda área de circulação das torcidas, revisão das redes de energia elétrica e hidráulica, melhoria do acesso dos torcedores, principalmente para os portadores de necessidades especiais. Os sanitários foram recuperados e criados mais dois masculinos, um feminino e mais dois para a torcida visitante. Os vestiários receberam tratamento de infiltrações, pequenos reparos e pintura.
Nessa terceira fase, ainda, onde havia uma sala de telefonia foi criada uma copa. A cozinha também foi transformada em tribuna para os visitantes e instalado ar condicionado.
Ao longo da reforma outras benfeitorias foram sugeridas pela Federação Paulista de Futebol, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além do projeto original.
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